A aproximação do século XXI trouxe à nossa atenção um problema de extrema gravidade – a crise energética. Hoje, deparamo-nos com uma situação verdadeiramente lastimosa devido ao nosso próprio desleixo no controlo da energia e da matéria dispendidas no nosso quotidiano.
Desde meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, criou-se em todas as nações do mundo civilizado uma crescente necessidade de suprir a necessidade energética que se afigurava. O sector industrial expandiu imensamente durante este período levando à procura de novas fontes de energia que pudessem sustentar este novo motor da economia. Eventualmente, e com a introdução de complexas redes eléctricas nas diversas capitais, os imensos sectores da nossa sociedade clamavam por matéria e energia para se manterem em movimento – haviam sido lançados os alicerces da actual sociedade consumista.
Começou a caça aos combustíveis fósseis – primeiramente o carvão e, posteriormente, o petróleo e o gás natural. Daqui surgiram inúmeras problemáticas: estes combustíveis fósseis, como é do vosso conhecimento, tratam-se de recursos naturais não-renováveis e cuja combustão é altamente poluente. O resultado do seu prolongado uso como principal fonte de energia das nossas civilizações está à vista de todos: basta respirar, olhar em nossa volta e ouvir o choro da natureza.
Foi com isto em mente que, no início do século XX, se colocou em prática um plano de produção de centrais energéticas nucleares como possível alternativa viável ao uso deste tipo de combustíveis. Esta consiste no uso controlado das reacções nucleares para a obtenção de energia para realizar movimento, calor e produção de eletricidade, já que alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reacções nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio (demonstrado por Albert Einstein) que nas reacções nucleares ocorre uma transformação de massa em energia.
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